O que vêm à sua mente quando falamos em comida? Você vê os alimentos como uma fonte de prazer ou costuma sentir culpa sempre que exagera nas refeições? E os seus hábitos alimentares? Eles são baseados em uma dieta restritiva?
Nem sempre pensamos nesse assunto, não é mesmo? Por isso, a nutrição comportamental surgiu como uma tentativa de compreender a conexão entre o que comemos e como comemos. Quer saber mais sobre o movimento em questão? Dê uma olhada neste artigo especial sobre o tema!
O que é a nutrição comportamental?
Nossa relação com os alimentos não se baseia apenas na reposição de energia. Existem muitos outros aspectos que atuam no momento de escolher nossas refeições e que guiam nossos hábitos alimentares.
Aí está a diferença de abordagem da nutrição comportamental em relação às práticas tradicionais, que se concentram apenas nos aspectos fisiológicos da alimentação.
O método funciona como uma espécie de terapia, na qual o nutricionista comportamental fará perguntas não apenas sobre o que você come, mas sobre os seus pensamentos relacionados à comida.
Não existe um plano padronizado e nem há o foco exclusivo no emagrecimento. A perda de peso é uma consequência da mudança da relação entre paciente e comida, não a finalidade.
Quais os pilares do método?
Esse método nutricional tem mais uma vantagem. Ele se constitui a partir de pilares que podem ser facilmente seguidos pelos pacientes com pequenas mudanças no cotidiano. Desse modo, você não perde o foco no processo de revisão da sua relação com a comida. Confira:
Comer intuitivo
Como o próprio nome indica, a dieta restritiva acaba proibindo o consumo de determinados alimentos, mas a vontade de consumi-los permanece.
Por isso a nutrição comportamental propõe o comer intuitivo, princípio no qual não há nenhum alimento proibido, ou seja, você pode comer uma porção de sua sobremesa preferida sem culpa.
Essa abordagem comportamental da nutrição acredita que todos os tipos de alimentos têm espaço em uma alimentação saudável, desde que sejam respeitadas a quantidade e a frequência em que são consumidos.
Menores porções
Outra estratégia defendida pela nutrição comportamental e que pode ser facilmente incorporada ao dia a dia é o tamanho das porções que você leva à mesa.
Além de evitar o desperdício ou aquela porção a mais por pura gula, você consegue diversificar o consumo dos alimentos.
Fome x emoção
Quem nunca chegou em casa depois de um dia cansativo e comeu tudo o que viu pela frente, sem que estivesse necessariamente com fome? Esse é um dos pontos trabalhados na consulta com o nutricionista comportamental que fará você entender a diferença entre a fome e a ansiedade.
Você será convidado a percorrer um caminho de autoconhecimento em busca das verdadeiras razões pelas quais você come. Como no exemplo acima, muitas vezes a comida serve como um consolo de algum problema de ordem emocional.
Uma das estratégias para entender a sua relação com a comida na prática é desenvolver um diário alimentar que inclua também as emoções que você sentiu ao comer.
Menos ruídos exteriores
A experiência de alimentação também está cheia de interferências: TV, celular, computador, a pressa… Com a nutrição comportamental, o paciente é convidado a diminuir esses ruídos e, consequentemente, o excesso de informação durante as refeições.
Assim, você fica mais atento ao sabor daquilo que come, à sua saciedade, às emoções e às sensações presentes naquele momento. Voltando para o exemplo de um dia difícil, em vez de buscar conforto na comida, que tal fazer algo prazeroso para você, como dar uma volta ou assistir a um filme?
Para quem é indicada?
A nutrição comportamental surgiu para atender os pacientes com dificuldades de aderir às dietas ou que possuem transtornos alimentares, como anorexia ou compulsão alimentar. Contudo, ela se mostra eficaz para todas as pessoas que procuram manter uma vida saudável.
Vale lembrar que o acompanhamento de um nutricionista é fundamental para a eficácia do método.
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